22 março 2009

CIVILIDADES -001

«Um estudo coordenado por Raquel Campos, da Universidade Católica - Porto, mostra que em Portugal o sector das chamadas organizações privadas sem fins lucrativos tem uma importância significativa, muito em linha com o que se passa noutros países europeus. As diferenças surgem no menor número de voluntários e, pior do que isso, na grande dependência da maioria dessas instituições do financiamento estatal. O que as torna vulneráveis aos humores e preconceitos ideológicos de quem ocupa, ainda que transitoriamente, os cargos executivos.
Já se esboçaram algumas comparações entre o que é produzido por estas instituições, e quanto isso custa, com o que ocorre em organismos congéneres sob tutela directa do Estado. Em todos os casos, as instituições privadas não desmerecem. Atento o papel que as mesmas desempenham, sobretudo em períodos económicos conturbados, em que funcionam com amortecedor de tensões sociais e promotores da solidariedade, apenas a miopia ideológica poderia justificar que o seu financiamento fosse posto em causa. Cada euro que para elas é carreado é, em média, bem utilizado. Tem efeitos positivos. O que, repete-se, é sobretudo importante em contextos de crise, com profundas implicações sociais, como a presente.
As peripécias que têm rodeado o financiamento destas instituições põem, igualmente, a nu o limitado envolvimento dos mecenas privados nestas instituições. Aquando dos peditórios públicos, os portugueses anónimos são, tipicamente, generosos. Mas nem todas as instituições têm capacidade de gerar impacto mediático. O que não quer dizer que a sua missão seja menos importante. Pelo contrário, muitas delas são o braço que garante, por exemplo, que as recolhas do Banco Alimentar sejam canalizadas para quem deve. Por isso, estes tempos difíceis são, também, um teste ao sentido de fraternidade daqueles que conseguiram que a vida lhes fosse generosa. »

(Alberto de Castro - Prof.Univ., Economista e Presid. Comissão Diocesana Justiça e Paz, JV Jan.2009)
SENTIR PARANHOS / PORTO SENTIDO -001

«Se há no Porto um espaço público a que o adjectivo aprazível assenta na perfeição, é o Jardim da Arca d'Água. Pelos plátanos orgulhosos e antigos que o povoam e que, nos longos dias da canícula, oferecem aos ociosos e aos namorados que a procuram a sua sombra protectora. Há outras árvores. E há flores, muitas flores, de que distingo as camélias. Vermelhas, umas; outras brancas e rosadas. E há, lá ao fundo, o coreto, à espera que alguma filarmónica o acorde da sua habitual sonolência e ofereça aos habitantes das redondezas e aos pássaros que se acoitam nas árvores a sua música vibrante. E há ainda o lago, onde alguns patos passeiam, à luz do dia, a sua preguiça e a sua solidão aquática.
Por cima da gruta que leva aos corredores subterrâneos da cidade e onde o mistério se esconde, no patamar ali existente, alguns idosos jogam às cartas e entretêm o cansaço dos dias iguais.
No chão, que o Outono cobriu de folhas mortas e o vento arrastou na sua fúria desenfreada, ecoam de vez em quando os passos apressados dos alunos da Universidade Fernando Pessoa, ali instalada, enriquecendo, com o seu valor patrimonial e cultural, esta zona da cidade.
Aqui deixo o convite aos que não conhecem este espaço para que o visitem, o frequentem, o usufruam. Não há no Porto muitos que se lhe possam comparar. Só o jardim do Palácio de Cristal (mas onde está ele, o palácio?). E, lá ao fundo, junto ao mar da Foz, o parque da cidade. Mas neste as árvores têm a nossa altura, a nossa idade e a nossa dimensão. As da Arca d'Água ostentam o selo da perenidade e da grandeza.»

(Albano Martins - Poeta, Ensaísta, Escritor e Prof.Univ., JV Jan.2009)
VIA ConJUNTA -001

«É com enorme satisfação que a Junta de Freguesia de Paranhos vê nascer este projecto editorial – o Jornal VERIS – destinado a todos os paroquianos, com o objectivo de informar, interagir e debater alguns assuntos.
Esta iniciativa concretizada pelo novo Pároco e pelo Dr. André Rubim Rangel, seu Director, é inovadora e reflecte uma postura atenta aos novos tempos, em que a comunicação e os seus meios são imprescindíveis a quem quer e a quem deve intervir na sociedade, como é o caso da Instituição Igreja.
A missão deste novo Jornal, para além de pastoral e de divulgação da Fé Cristã, deverá também ser um instrumento de reflexão, de proximidade com todos os cidadãos e desta forma contribuir para uma sociedade mais atenta, mais participativa e mais interessada nos problemas emergentes e urgentes que diariamente nos confrontam.
Assim, na qualidade de Presidente desta Autarquia renovo os votos de sucesso do Jornal VERIS, considerando-o desde já um parceiro da Junta de Paranhos para tornarmos a nossa Freguesia num espaço com qualidade de vida, solidário e ajudando quem mais precisa, como vem sendo desde há sete anos o nosso propósito.»

(Miguel Seabra - Presidente da Junta de Freguesia de Paranhos, JV Jan.2009)
AUGÚRIOS -001

«Prezados amigos,
É com imensa alegria que escrevo estas linhas! Sinal de ano novo, vida nova e de amizade partilhada ao perto e ao longe pelo nosso Jornal VERIS.
O nosso Jornal VERIS, mensal, procurará ser:
* uma “cadeira” onde o leitor se pode sentar para ler, falar, escrever, partilhar, desabafar, descansar, ouvir e sentir.
* um “altar” onde pode encontrar Deus, rezar, oferecer, louvar, comungar;
* um “púlpito, ambão” donde pode escutar a palavra de Deus e a homilia dos Pastores;
* uma “janela” aberta ao mundo e à realidade paranhense onde pode ver e ser visto;
* uma “mão amiga” pronta a ajudar nas horas difíceis, solidária com os pobres e os necessitados, mas também para guiar e “parabenizar”.
* Um “amigo” em quem pode confiar.
Obrigado a todos os colaboradores por aceitarem e assumirem a mesma missão de anunciar, formar e informar, partilhar e evangelizar.
Obrigado a todos os leitores pela confiança que depositam neste Jornal VERIS que mal nasceu quer ter pernas para andar e coração para amar.»

(P. Manuel Martins - Pároco de Paranhos, JV Jan.2009)
NÓS POR AÍ -001

«Vinde ver e ler, o JV acabou de nascer! Apraz-me naturalmente, patentear este momento com uma citação dum sábio amigo e ajustá-la a todos a quem devo associar a minha sentida gratidão pela edificação desta obra: “o reconhecimento é dom de uma alma agradecida”. Essa alma não é só minha, mas de todos que a são connosco, dando ânimo e dinamismo ao novel projecto editorial.
Em verdade, sinto-me no dever de reconhecer quem me desafiou e lançou a acarinhar este ‘ser’ feito para servir e para advir juntamente em prol duma ‘morada’ e moradores com mais justiça, paz e amor. É neste ardor que o Jornal quer ser: ser semente, ser gota e fonte crescente, ser iluminação e inspiração!
Reconheço também e me revejo naqueles que envolvi nesta (re)Acção e que aceitam construí-la como nobre missão. A todos um Obrigado infindo, que qualquer página não chega para interpretá-lo e traduzi-lo: Núcleo directo do JV, Assinantes, Publicitários, Agentes de Venda e demais Colaboradores!
Impacto! Será um bom princípio para activar e cativar a atenção e prestação contínua de todos, mas não quero ficar por aí! Antes do ‘impacto’ - muitas vezes superficial - está o mais importante: o Pacto! A ligação, a parceria, o contacto, a doação com as Comunidades paranhense e portuense. É e será fulcral!
Sejamos Solidários, com esperança e alegria!»

(ARR, Jan.2009)