09 abril 2009

CIVILIDADES -002

Cumpriu-se, faz pouco tempo, o 60.º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. E, se não cria obrigações legais aos Estados nem aos Governos, tal não nos demite, Cidadãos e Instituições, de assumir a nossa parte. Na CARITAS Diocesana do Porto, assim pensamos e agimos.
Convido a ler o seu art.º 25.º. Do assegurar da saúde – conceito muito mais abrangente que a mera situação de doença como nos aponta a OMS – do próprio e à sua família; à alimentação, quem pode sentir-se bem de estômago vazio, ao vestuário, aos vários direitos à segurança em cada momento e situações da vida desde que resultantes de circunstâncias independentes da vontade.
Torna-se, então, urgente sermos atentos, proactivos, actuantes no meio que nos envolve independente da proximidade – mais que olhar, ver; mais que ouvir, escutar com a delicadeza e descrição que se nos impõem. Não podemos ignorar, com respeito pelo direito à privacidade de cada um, as emergentes realidades de pobreza envergonhada, da relutância no pedir, em suma, dos pequenos gestos reveladores da necessidade – da mudança de estabelecimento de ensino ao tipo de refeição, enfim, estilo de vida. Mais que para, urge educar na CIDADANIA!

(A.M. Barros Marques - Jurista e Presidente da Cáritas Diocesana do Porto, JV Fev.2009)

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