09 abril 2009

JUSTAPOSIÇÃO -002

A tendência mais re-cente, sempre por exigência expressa da esquerda do hemiciclo vai no sentido da eliminação do sufrágio por correspondência. E, por isso, se vem considerando, apressada e erradamente, que o PSD é um acérrimo paladino do voto por correspondência.
A meu ver, o único meio de proteger os interesses de participação dos cidadãos expatriados é um sistema misto, uniforme, para todos os processos eleitorais, sem excepção: votação presencial, como regra.
Com a possibilidade de se optar pelo voto por correspondência, para todos os que residam a uma determinada distância dos locais de voto. Esta solução generalizava, efectivamente, o voto em urna em locais de voto abertos em consulados, associações, etc... É sabido que os Portugueses, na sua maioria, vivem em grandes concentrações, relativamente perto dos consulados. E esses não teriam outra alternativa.
A opção seria dada aos que residem em pequenas comunidades dispersas, algumas a centenas, ou mesmo, a milhares de Km.s de uma qualquer secção de voto. A quem fala de eventualidade de "fraude" no voto por correspondência convém responder que democracias, das mais reputadas, aceitam este modo de votação. E lembrar que, quando se permite, sem grande utilidade, a manutenção de urnas abertas, nos locais de voto, ao longo de 3 dias, também, em alguns casos, pode ocorrer a "manipulação" do resultado...

(Manuela Aguiar - Ex-Secretária de Estado das Comunidades, JV Fev.2009)

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