09 abril 2009

Reportagem

Abdul Rehman declarou ao JV não saber “se o Cardeal se referia às jovens católicas ou às jovens portuguesas em geral, nas quais se incluem raparigas de diferentes credos religiosos”. Lamenta a perda dos valores religiosos pela maior parte da juventude portuguesa e afirma que “dificilmente se travará os casamentos entre os jovens das diversas comunidades”. Apela ao inter-conhecimen-to das religiões, “a fim de evitar conflitos no futuro” e lança a questão: “entre os católicos quantos divórcios vêm agora acontecendo?”.

«Não é verdade que a religião Islâmica permite maltratar as mulheres. As histórias que apareceram nos Media, não têm nada a ver com a religião, mas sim com as culturas e o grau de educação das pessoas. Aqui em Portugal, também existem muitos casos graves de mulheres agredidas pelos maridos.
Quanto ao diálogo que o Cardeal considera “mui-to difícil” com os muçulmanos, não sei então como classificar os inúmeros diálogos inter-religiosos que vou tendo aqui no Norte, bem como o Sheik Munir, ao longo destes últimos anos. (…) Nesses encontros, esclareço aos presentes a verdadeira essência da religião Islâmica, que infelizmente é conhecida de uma forma distorcida. O Cardeal referiu na tertúlia, por diversas vezes “Alá”, como se tratasse só do Deus dos muçulmanos, o que pode ter levado à interpretação errada por parte dos presentes. Allah não é senão o termo arábico que significa ‘Deus’. Os cristãos árabes assim O chamam.»

(ARR e Abdul Rehman Mangá - Presidente do Centro Cultural Islâmico do Porto e Director administrativo do Grupo Amorim, JV Fev.2009)

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